“O que a Igreja tem a oferecer as necessidades das pessoas?”
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“O que a Igreja tem a oferecer as necessidades das pessoas?”
1. EXÓRDIO
1. EXÓRDIO
A igreja primitiva estava numa fase de expansão. A pregação da mensagem da cruz, o sacrifício e a ressurreição de Jesus de nazaré são a ênfase da mensagem do reino. A comunidade vivia em comunhão. Pessoas se achegavam a esta comunidade. A igreja avançava com pregação e a ação.
O cenário era favorável e apresenta uma perspectiva positiva e de crescimento. Os Apóstolos são os referenciais da igreja, tanto pelo seu testemunho quanto pela sua fé. Eles não se esconderam mais, agora revestidos de poder dado pelo Espírito Santo, eles vão ser as colunas para o avanço da fé Cristã. Muitas maravilhas e sinais miraculosos eram realizados por intermédio dos apóstolos (Atos 2.43).
Este cenário também apresenta o que Jesus encontrou em seu ministério: pessoas doentes, a margem da sociedade, excluídas e a espera de algo que não compreendem. Por isso, o primeiro milagre (sinal), relatado pós ascensão de Jesus, se relaciona diretamente ao que O Próprio Mestre demosntrou aos seus discípulos. Atendendendo a um homem na miséria decorrente de sua deficiência.
2. EXPLICAÇÃO EXEGÉTICA
2. EXPLICAÇÃO EXEGÉTICA
O capítulo 3 está no ponto importante da narrativa de Lucas. É aqui o início de uma série de acontecimentos que levaria a uma ferrenha perseguição contra a igreja. Logo após este acontecimento, a cura do coxo, Pedro e João são levados para o Sinédrio para explicar o porquê de estarem ensinando acerca de Jesus.
O verbo “estavam subindo” (v.1) está na forma do passado progressivo, indicando que eles costumeiramente iam ao templo para orar. Até então a igreja estava dentro do judaísmo. E a separação vai ocorrer pelo desdobramento das perseguições do judaísmo. Segundo Kistemaker, os cristãos primitivos se consideravam judeus que jamais pensariam em romper com as horas tradicionais de oração no templo.[1]
Portanto, temos o relato de que esse era um costume dos apóstolos: oração e ensino da Palavra. participaram da oração no templo, como simples homens de Israel, sem qualquer “dignidade” especial, embora sejam os “embaixadores” do Rei dos reis.[2] Nota-se aqui, que a oração é uma das partes principais do culto. De acordo com Archibald A. Hodge (filho de Charles Hodge), em seu comentário a Confissão de Fé de Westminster, a oração é equivalente a súplica e retrata os anseios da alma a Deus.[3]
O versículo 2 nos apresenta a história de alguém que esperava alguma coisa, em especial uma “esmola”, aguardando a benevolência de alguma pessoa. Uma pessoa claramente à margem da sociedade. Porém ele estava à porta do templo onde se realizavam orações. Um coxo, aleijado, que era posto a porta do templo para mendigar diariamente, o termo “diariamente” (kath’ hēmeran) retrata a rotina deste homem. Não podemos esquecer que Cristo já havia falado da importância de assistir os necessitados, isso ele elenca junto com o jejum e oração (Lc.12.33).
O mendigo implora que eles o abençoem, porém a reação dos apóstolos se assemelha com um dos milagres operados por Jesus, o coxo no tanque de Betesda (Jo. 5.1-9), ao ponto de que eles olharam para o coxo-mendigo. Na cura do tanque de Betesda, Jesus entra no local e olha fixamente para o enfermo. A ideia aqui neste relato de Lucas é de que ele quer enfatizar a repetição de atitudes, mostrando assim atenção para com o mendigo, demonstrando que estavam dando atenção ao seu quadro.
Pedro e João frustra por alguns momentos a expectativa do coxo-mendigo, porém, Pedro pede para que o mendigo o olhe. Aqui há outra semelhança com um dos milagres de Jesus, a cura do cego de Jericó. ἐπεῖχεν (epeichen) que significa mantendo os olhos, dando atenção, trás a ideia e a expectativa do mendigo. Essa expectativa por parte do mendigo, que sempre fora ignorado, torna-se grande pelo fato de que alguém olhou para ele e falou com ele.
Pedro faz a declaração de que não possuía o que ele como mendigo queria, “prata nem ouro”, mas daria a ele algo que está além do pedido de esmola. A esperança de uma esmola deu lugar a um vácuo de apreensão. O coxo não esperava por um milagre, ele esperava por uma esmola, algo trivial, algo pelo qual ele era posto ali diante da entrada do templo.
Muito além de suas expectativas, ele recebe uma palavra de ordem sobre a assinatura de Jesus Cristo, o Nazareno. Assinatura usada por Pedro e João, a autoridade para curar e para propagar o seu evangelho: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;” Mateus 28.19. A autoridade empunhada pelos apóstolos foi a garantia do milagre. Eles não fizeram a ação por promoção pessoal, mas por terem as marcas de Cristo em seus corações e mentes, de fato criam que Jesus ainda tinha a autoridade de realizar milagres e prodígios. A autoridade do nome de Jesus é uma marca central da narrativa. Era o nome no qual o enfermo precisava empregar a confiança.
O termo “nome” é significativo, por conter a plena revelação da pessoa citada. Pedro faz refêrencia ao dono do poder para curar. Logo, o nome Jesus se refere ao seu nascimento, ministério, sofrimento, morte, ressurreição e ascensão. O nome Cristo aponta para o Messias que é Filho exaltado de Deus. Ao dizer o lugar de onde Ele é, Nazaré, ajuda a identificar a quem Pedro apontava; tendo em vista este foi o nome que Pilatos escrevera na tabuleta afixada na cruz de Jesus (Jo 19.19).[4]
Após receber a ordem e a mão de Pedro o levantando, é empregado o termo παραχρῆμα (parachrēma) que dizer: imediatamente. Lucas não entra nos detalhes da fé do coxo. Embora Pedro a identifique no versículo 16. A maravilha do milagre se faz presente aqui, pois para alguns (leia-se os líderes de Jerusalém) os milagres se encerraram com a morte de Jesus. Aquele que era reconhecido por todos, pelo fato de estar na entrada do templo pedindo esmola, agora estava andando e saltando como o texto grego vai dizer: ἐξαλλόμενος (exallomenos).
A referência à chegada da era messiânica é significativa. Profetizando o tempo da vinda do Messias, o profeta Isaías disse:
Então se abrirão os olhos dos cegos,
E se desimpedirão os ouvidos dos surdos,
Os coxos saltarão como cervos,
E a língua dos mudos cantará de alegria
[35.5,6a, itálicos acrescentados].
Jesus inaugurou a era messiânica, quando fez que os cegos vissem, os aleijados andassem, os leprosos ficassem limpos e os mudos falassem; quando ressuscitou os mortos e pregou o evangelho aos pobres (Mt 11.5; Lc 7.22). Depois do Pentecoste, essa era messiânica prossegue, como Pedro indica, curando miraculosamente um coxo no nome de Jesus Cristo de Nazaré.[5]
Podemos comparar a história deste coxo como o homem sem Deus, que vagueia diariamente em busca o trivial e está a porta a oração e ensino. Como quem quer algo e não sabe o que pedir além do necessário, pois seus olhos espirituais estão vedados e nada veem além de saúde financeira, segurança no seu bairro e saúde para sua casa.
E a igreja? Ela precisa se espelhar no modelo dos Apóstolos, pois ela tem a oferecer mais do que segurança para o corpo do homem e satisfação de seus anseios, ela tem uma missão dada por Cristo para com o homem e a sociedade e precisa exercê-la.
3. PROPOSIÇÃO
3. PROPOSIÇÃO
Diante de uma sociedade, onde as pessoas almejam segurança e satisfação pessoal, a igreja tem a missão de ser mais do que a sociedade espera dela, e, para isso há de se fazer uma análise pessoal do nosso papel como cristãos diante de um mundo com os seus anseios e temores. Uma sociedade caida e fracassada e que mesmo as portas do mundo espiritual, não tem revelado aos seus olhos a grandeza do reino de Deus. Pessoas como o coxo, a porta da oração e distante de alcançar o que Deus de fato tem para dar, pelo fato de apenas quererem a sua satisfação pessoal.
O que marcou aquele coxo antes do milagre, que ele não esperava, foi à atenção que recebeu dos dois apóstolos e isso nos remete ao papel do cristão diante deste quadro atual de apostasia e desesperança. Para o homem que precisa de algo que não sabe mensurar, mas tenta descrever de forma materialista, a igreja sabe o que a homem natural precisa: Jesus! E a igreja é a testemunha de Jesus. Como Pedro e João que procuraram refletir as obras de Cristo, a igreja precisa refletir Jesus.
Por isso quero trazer o tema: “O que a Igreja tem a oferecer as necessidades das pessoas?”.
4. ARGUMENTAÇÃO
4. ARGUMENTAÇÃO
5.1 Seu olhar – A atenção para o quadro de miséria do homem sem Deus.
5.1 Seu olhar – A atenção para o quadro de miséria do homem sem Deus.
O gênero humano precisa mais de algo que preencha a lacuna em seu interior do que de seu exterior. O olhar de Pedro e João a suplica intermitente daquele coxo é algo que deva ser uma marca em nossa vida cristã. Pedro estabelece um contato visual com aquele homem. É gerado um diálogo, ainda que não verbal, entre ele e o mendigo.
Aquele coxo estava esquecido de muitos ali, mas também ele não se lembra acaso de algum dia ter se sentido amado. Será que não nos dói o coração ao ver pessoas vivendo em situações deploráveis, quer seja pela humilhação financeira quer seja pela ausência de expectativas? Paulo em sua epístola aos Romanos no capítulo 10 verso 14 fala: “Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão, se não houver quem pregue?”
A extensão do olhar fixo dos apóstolos constrói na mente do coxo, ainda que material, um sinal de esperança. Como é prazeroso gerar esperança ao coração de alguém, quer enlutado, quer desesperado ou com angústias e profunda depressão! Observe que podemos demonstrar carinho apenas com um olhar de atenção, carinho e compaixão.
Pense em Jesus olhando Zaqueu na árvore, o coxo no tanque de Betesda, o cego de Jericó, o gadareno possesso por espíritos malignos, a ressurreição do filho da viúva de Naim e tantos outros “esquecidos” ou renegados pelo moralismo de sua época, que não difere dos dias de hoje. Hoje os olhos fazem distinções de classe social, política e intelectual.
Primeiro ele estabelece contato pessoal com o homem, que estava acostumado a ver a multidão de pessoas e, apesar disso, a não vê-las. Dar e receber esmolas rapidamente se torna algo completamente impessoal.[6]
O que o mundo precisa de nós é referencial de servos de Deus. A questão é: por que não somos o referencial que eles procuram? O que tem nos faltado? Será que insistimos em desviar o nosso olhar ao necessitado, ao desesperançoso, ao viciado. Passamos todos os dias por pessoas nesta condição, mesmo que de metrô ou carro, existem pessoas querendo o nosso olhar e um olhar de amor e atenção pode ser dado por qualquer homem natural. Porém, nós somos os promotores, anunciadores do reino. Que seja por nossos olhos, da Igreja de Jesus, a atenção e compaixão por estas pessoas.
5.2 Sua mão – para apresentar o caminho da fé
5.2 Sua mão – para apresentar o caminho da fé
A confissão de fé de Westminster no capítulo XVI, a respeito das boas obras, fala que “a capacidade de realizar boas obras de modo algum emana dos crentes, mas inteiramente do Espírito de Cristo”.26 Ninguém dava atenção alguma para aquele mendigo, ele era conhecido apenas por ser aquele que pedia esmolas. Ele não conseguia sequer olhar para as pessoas, tamanha era seu enxovalhamento (perda de dignidade), estava ali por ajuda de alguém e não podia entrar no templo.
Jesus em seu ministério fez questão de demonstrar o motivo de sua vinda ao dizer que veio para os “doentes”, Marcos 2.17. Jesus sempre foi solícito ao necessitado, em nenhum momento Ele recusou-se a recebê-los, incluindo a pecadores diante dos olhos da sociedade. Pedro e João deram a atenção que aquele coxo-mendigo não recebia dos sacerdotes, levitas e quaisquer outras classes dos líderes da sinagoga.
O coxo da porta formosa, não estava esperando uma cura, logo a fé demonstrada aqui é através da ação de Pedro em estender-lhe a mão. “Tomando-o pela mão”, a igreja é a agente de Cristo para a manifestação de sua graça ao homem, como fala A.A. Hodge. O homem não tem condições alguma de chegar-se a Deus por suas forças. Precisamos ser uma igreja que estenda a mão ao caído e lhe apresente o caminho da fé, a Obra redentora de Jesus Cristo.
A igreja primitiva “contava com a simpatia o povo” (Atos 2.47). Sem dúvida, esta é uma marca vital para uma igreja Cristã: ser um local de acolhimento. O professor do seminário de Princeton Charles R. Erdman diz: “Fraco, desamparado e sem esperanças, o gênero humano precisa do poder transformador que sobrevêm a quantos confiam em Cristo.”[7]
O evangelho que anunciamos é o do nosso Redentor Jesus, que comeu com pecadores e estendeu a mão aos enfermos, mesmo que apenas a sua palavra bastasse. As Escrituras nos apresenta como Jesus ensinou aos seus discípulos a amar os necessitados e acolher os que estão desamparados.
O que mais temos em nossa realidade são pessoas às portas dos nossos templos e que são ignoradas por nós em muitos casos. Elas são pessoas desigrejadas, viciadas, órfãs, viúvas, desempregadas, perdidas numa boca de fumo ou num prostíbulo. Enfim, a igreja precisa entender que ela está em missão, ou seja, a serviço do reino.
Estender a mão é uma atitude de amor. Amar o próximo como a nós mesmos implica em obedecer à ordem de Jesus e seu “Ide”, que é para ir a toda criatura, sem distinção e sem preconceito. Não há espaço para predileções no que consiste a nossa ajuda. Existem pessoas a espera de um abraço, de uma mão amiga que a ajude a crer no Deus do impossível. Justo Gonzáles diz que: “uma fé puramente privada, independentemente como aparentemente ortodoxa, não é Cristã!” [8]
As pessoas precisam ver em nós a extensão deste Reino, precisam ver em nós o evangelho de Jesus vivido e não somente cantado, falado e escrito. Cristo é a solução para o anseio das pessoas. Mas elas esperam ver em nós essa mensagem. Precisamos estender a sua mão ao necessitado e ao abatido pelo pecado. Pessoas que a deficiência do pecado têm cegado e as turbulências deste mundo têm legado a uma vida de miséria espiritual e até mesmo material. A igreja precisa ajudá-jos a ver na sua atitude a autoridade do Nome que tem poder e está acima de todo nome.
5.3 Que tenha Autoridade do nome de Jesus
5.3 Que tenha Autoridade do nome de Jesus
Conta-se que Tomás de Aquino, o "doutor angélico" da Igreja Romana (1330 d.C.), ao visitar o Papa Inocêncio IV, este, depois de lhe haver mostrado toda a fabulosa riqueza do Vaticano, disse, fazendo alusão às palavras de Pedro ao coxo da porta Formosa (Atos 3:6):
Vês, Tomás? A Igreja não pode mais dizer como nos primeiros dias: "Não tenho prata nem ouro..."
É verdade - confirmou Tomás - Mas também não pode mais dizer ao coxo: "Em nome de Jesus Cristo, Levanta-te e anda".
Esse diálogo remonta uma realidade no século XIV, as Igreja Católica de fato estava muito abastarda de bens a ponto de ter como abençoar os necessitados, o que não significa que o faziam. Não há nesta fala um desprezo à questão de se abençoar as pessoas com ofertas que a ajudem a aliviar seus problemas de ordem temporária, porém a ênfase precisa ser dada na justificativa de Pedro e João em não darem prata ou ouro.
Pedro e João portavam em seus corações e mentes tudo quanto seu Mestre fez enquanto os discipulava, com isso, eles não viam outra forma de mudar a vida de um indivíduo a não ser pelo nome que os ensinou e no qual viram muitos milagres. Eles viram mortos ressuscitarem! Cura de cegos, coxos e muitos outros milagres que são relatados nos Evangelhos.
Tudo neste fato remete a Jesus, seja a subida dos discípulos a hora nona para orar, seja pela forma que eles tratam o coxo, seja pelo milagre e posteriormente o interrogatório. O fato é que a igreja vive por Cristo, anda por Cristo e será arrebatada por Ele. Não há outro nome que traga tanto poder e autoridade frente às coisas visíveis e sobre as invisíveis.
Pedro em seu discurso no capítulo 4 de Atos os Apóstolos fala a respeito da cura do coxo, dá aos líderes de Israel uma verdadeira demonstração da autoridade contida no nome de Jesus Cristo, o Nazareno. Pedro é enfático a dizer que não há outro nome dado dentre os homens que traz salvação a todo que crer n’Ele. A autoridade empregada na cura do coxo mostra a verdadeira vocação da igreja: Levar o evangelho a todas as nações!
O nome de Jesus vai ser citado em várias vezes por Pedro diante dos líderes e Jerusalém, mas o ponto culminante está nos versos 15 e 16 deste capítulo: “Vocês mataram o autor da vida, mas Deus o ressuscitou dos mortos. E nós somos testemunhas disso. Pela fé no nome de Jesus, o Nome curou este homem que vocês veem e conhecem. A fé que vem por meio dele lhe deu esta saúde perfeita, como todos podem ver”.
Eis aqui a questão: Como podemos exercer a autoridade do nome de Jesus? Pedro e João acreditavam de fato na realização do milagre, independente do milagre, a autoridade do nome de Jesus era uma marca desses homens. Um foi morto numa cruz de cabeça para baixo, outro foi exilado numa ilha para morrer, outro (Estevão) apedrejado e este pode ver Cristo a destra do Pai. Por amor a Jesus, por amor as vidas que foram alcançadas, eles não pensaram duas vezes e pregar com intrepidez e com a unção do Espírito Santo.
O mundo precisa de referenciais, faróis que possam os ajudar a achar a direção. Eles precisam de pessoas que os aponte Jesus, mas para isso é preciso o referencial de viver Jesus. A igreja precisa centralizar Jesus em sua prática, em sua vida devocional. Entronizamos coisas em nossas vidas, valores materiais e esquecemos que Jesus é o motivo de termos acesso ao Pai. O mundo procura pessoas capazes de dizer verdades sobre o nome Poderoso de Jesus, cristãos que vivem o reino, que tenham em suas vidas as marcas de Jesus Cristo.
Assim como Pedro e João, que não deram o trivial aquele coxo, mas antes ofereceram algo surpreendente ao homem natural: Mudança de vida. A humanidade busca a satisfação de suas necessidades, mas quando se deparam com a verdade de Jesus, elas são surpreendidas e transformadas. O resultado é um saltar de felicidade, por experimentar mais do que esperavam. É mais do que dinheiro, é mudança de rumo!
5. CONCLUSÃO
5. CONCLUSÃO
Duas necessidades são marcantes neste episódio: a do coxo, que é totalmente material e passa pela principal das necessidades que é a de ter sua vida transformada; e a dos apóstolos de realizarem as obras que Cristo realizou, usando para isso o nome que está acima de todos os nomes. Pedro e João são esses cristãos, que não por acaso contavam com a simpatia do povo.
A igreja tem a missão de dar atenção as pessoas necessitadas, estender a mão e mostrar a certeza de que Cristo não somente cura, mas tem autoridade sobre os céus e debaixo dos céus para conceder a salvação e a mudança de vida. Essa mudança de vida resulta em uma alegria indescritível, é saltar de alegria e apegar-se as verdades do evangelho como de fato ela é: A Salvação Graciosa.[9]
A sociedade clama por pessoas diferentes, nós precisamos ser essas pessoas. O reino de Deus deve ser anunciado, as pessoas precisam achar o que procuram para preencher o vazio, a prostração e sonolência espiritual. Os cristãos que o mundo espera encontrar como referencial não são os super-heróis, ou mitos, mas são pessoas comuns que deem carinho, que lhes mostre o caminho da fé e que de fato acreditem no Jesus Cristo que pregam.
6. APLICAÇÃO
6. APLICAÇÃO
Mais uma vez usando as palavras de Hodge, em que ele afirma:“as boas obras edificam a outras pessoas, tanto como evidência confirmativa da verdade do cristianismo e do poder da graça divina quanto pela força do exemplo a induzir os homens à prática das mesmas”,[10] é precisos refletir:
O que você tem feito com as pessoas a sua volta que estão precisando de sua atenção, seu abraço e seu exemplo de fé? Experimente se desafiar, encoraja-se e tome um compromisso de ser um anunciador do reino de Cristo para ao menos uma vida esta semana, através de um abraço e um bom papo. Mostre Jesus em seu contato e não deixe de contar do Amor de Jesus.
Creia na autoridade do nome de Jesus. Seja um referencial de fé e autoridade. Pedro e João estavam em direção do templo para a oração da hora nona, não é por acaso. Uma vida que ousa em fé é uma vida que tem na sua vida devocional a busca por tal autoridade.
[1] Kistemaker, S. (2016). Atos. (É. Mullis & N. B. da Silva, Trads.) (2a edição, Vol. 1, p. 159). São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã.
[2] Boor, W. de. (2002). Comentário Esperança, Atos dos Apóstolos (p. 65). Curitiba: Editora Evangélica Esperança
[3] Hodge, A. A. confissão de Fé e Westminster – Comentada por Hodge. São Paulo, SP. Editora Os Puritanos, 2010. p.347
[4] Kistemaker, S. (2016). Atos. (É. Mullis & N. B. da Silva, Trads.) (2a edição, Vol. 1, p. 163). São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã.
[5] Kistemaker, S. (2016). Atos. (É. Mullis & N. B. da Silva, Trads.) (2a edição, Vol. 1, p. 164–165). São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã.
[6] Boor, W. de. (2002). Comentário Esperança, Atos dos Apóstolos (p. 65). Curitiba: Editora Evangélica Esperança.
[7] Erdman, Charles R. Atos dos Apóstolos. Casa editora presbiteriana – São Paulo, SP 1960. p.37
[8] Gonzálles, Justo. Atos – O Evangelho do Espírito Santo. São Paulo, SP – Hagnos, 2011. p.74
[9] Erdman, Charles R. Atos dos Apóstolos. Casa editora presbiteriana – São Paulo, SP 1960. p.37
[10] Hodge, A. A. confissão de Fé e Westminster – Comentada por Hodge. São Paulo, SP. Editora Os Puritanos, p.302